Segunda-feira, 22 de Agosto de 2011

Vale tudo na hora de poupar no início deste ano lectivo. Debaixo de olho estão os descontos em livros, kits de supermercado e até manuais em leilões 'online'.

 

Com o mês típico de férias a terminar, este ano de novas medidas de austeridade torna mais difícil de pagar a factura do regresso às aulas. A subida dos juros nas prestações da casa, o aumento dos transportes e a aproximação da subida do IVA na luz e no gás transformou Setembro no mês 'horribilis' para os pais portugueses. Pródigo em gastos com material escolar, livros, computadores ou roupa e calçado, este mês, os portugueses só têm olhos para uma coisa: promoções e descontos, onde quer que eles estejam.

Os hipermercados nacionais estão preparados para receber milhares de famílias, naquele que é já o local de eleição para a compra do material escolar. O Continente, da Sonae, além de todo o 'merchandising' escolar de Justin Bieber, O'Neill, Quicksilver, Hello Kitty ou Winx, aposta, mais uma vez, no cabaz económico que inclui mochila, estojo, cola, lápis, esferográficas, tesoura e borracha por 4,47 euros. Este cabaz existe também em versões mais reduzidas, por 0,99 euros, ou outro nãoaprovado pelo ministro da Educação, Nuno Crato - com uma calculadora digital, por 4,99 euros.

O grupo Auchan optou por um kit económico mais completo, que inclui 14 artigos e atinge 6,89 euros (com caderno, estojo, mochila e conjunto escolar). Adicionalmente, oferece descontos de 50% na compra da segunda unidade de artigos de marca própria. O grupo Auchan, através da marca Jumbo, disponibiliza também um 'site' específico para reservas de livros escolares (www.reservadelivrosjumbo.com).

A Staples, especialista em material escolar e de escritório - e que, em 2010, recebeu a insígnia de cabaz de compras mais barato do regresso às aulas -, tem este ano cerca de 350 artigos considerados 'low price' de um total de 2.334. Ao Diário Económico, fonte oficial da Staples confirmou ainda que, em 2010, durante o período de vigência da campanha do regresso às aulas, vendeu perto de 6,2 milhões de produtos associados ao arranque do ano escolar. No El Corte Inglês repete-se a campanha de regresso às aulas que permite o pagamento em três meses, sem juros, do total das compras feitas em livros e material escolar. A única diferença é que, para facilitar a vida aos pais que visitam o centro em Lisboa, nem sequer têm de subir ao sétimo piso. O grande destaque é dado ao material escolar, que fica concentrado no piso -1. O El Corte Inglês oferece ainda cartões promocionais de 10% do valor das compras efectuadas, para posterior utilização em artigos de papelaria, sapataria desportiva ou desporto, uma promoção vigente até meio de Outubro. A campanha promocional também engloba a área dos manuais escolares, que já conta com 4.000 reservas. 'Site' de leitões atrai seguidores Mas as promoções não se ficam pelos supers e hipermercados ou centros comerciais. E, apesar de preferirem os livros novos, os portugueses começam agora a encontrar também no computador um aliado fundamental à poupança com a escola. Entre Agosto e Outubro de 2010, no 'site' leiloes.net, a categoria de "Manuais Escolares" registou 25.600 visitas, que resultaram em 203 negócios. Cada livro usado tem um custo médio de 7,88 euros, o que permitiu registar um fluxo de negócio da ordem de 1.600 euros. Na categoria de material escolar, foram feitas mais de 6.100 pesquisas, 130 negócios, num total de 4.498 euros.

Este ano, só em Agosto, já se ultrapassaram as 25 mil visitas, para uma oferta de 1.210 manuais escolares e 790 artigos de material escolar.

Segundo os responsáveis da empresa Fixeads, detentora dos portais Standvirtual, Leiloes.net e Coisas.com, é, no entanto, "prematuro divulgar dados relativos às vendas porque, ao contrário do que se passa com os manuais escolares novos, a compra dos manuais usados é feita em vésperas do arranque do ano lectivo", confirmaram ao Diário Económico. Assim, e apesar da matemática não ser o forte dos portugueses, a procura de pechinchas tem-se tornado uma especialidade nacional. Afinal de contas, vale (quase) tudo para sobreviver ao mês seguinte.

fonte:http://www.economico.pt/



publicado por adm às 23:53 | link do post | comentar

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